sábado, 5 de maio de 2012

O crescimento verticalizado da capital sergipana

A procura por imóveis em Aracaju vem crescendo nos últimos anos. Segundo reportagem do SETV (09/04/2012), em Sergipe a demanda cresceu em 30% em relação ao ano de 2011. Este crescimento é fruto da facilidade de financiamento, que atrai compradores tanto da região sergipana quanto do sul do país e do exterior. Apesar do aumento de construções nas áreas de expansão, o espaço para novas residências tem sido cada vez menor, tendo como consequência o crescimento da cidade de forma verticalizada. É o que aborda Eugênio Nascimento em seu artigo para o Jornal da Cidade.

Aracaju será uma cidade verticalizada
Com uma área total de 174,053 e uma população já beirando os 600 mil habitante, Aracaju tem uma densidade populacional já superior a 971,57 hab./km²., do final do século passado.

Eugênio Nascimento
16/04/2012

Com uma área total de 174,053 e uma população já beirando os 600 mil habitante, Aracaju  tem uma densidade populacional já superior a 971,57 hab./km²., do final do século passado.  Traduzindo: apesar de a gente ainda conseguir ver muitos terrenos nos espaços urbanos, principalmente na chamada Zona de Expansão, há pouco espaço  para a construção de casas populares e tende a cumprir o seu destino obrigatório de se verticalizar, se é que tem interesse em abrigar a todos que a procuram por conta da qualidade de vida, aposentadoria e trabalho.

A cidade, que viu seu centro crescer com a construção de novos e modernos edifícios a partir da década de 1970, agora vive agoniada com o encaminhamento da ocupação de todo o seu espaço chamado nobre. O bairro 13 de Julho já  tem grande densidade de prédio e agora as empreiteiras investem em construções para superlotarem áreas  da zona Sul a exemplo do Garcia, Jardim Europa, proximidades do Parque da Sementeira e da Unit e seguindo em direção à Atalaia, onde estão em obras uma série de prédios, em sua maioria com todos os apartamentos já vendidos.

Não há espaços para casas e as pessoas buscam a segurança dos prédios.

Diz o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Sergipe (Ademi-SE), Júlio César Vasconcelos Silveira, que a cidade continuará crescendo em direção ao sul e a fase final será Zona de Expansão. Ele lembra que casa ocupa o espaço no chão igual, maior ou menor que um prédio com uma desvantagem: mora só uma família.

Num prédio há espaços para dezenas delas, que, lembro eu, custa bem menos que um apartamento bem localizado  hoje em Aracaju, cujo preço vária de R$ 600 mil (os mais simples)  a R$ 2 milhões (os mais luxuosos.

O mercado imobiliário está bastante aquecido na capital sergipana.

Antes mesmo de se fazer o lançamento dos projetos, já tem gente em listas de espera para conquistar, ainda que muito cara, a sua moradia.

As empreiteiras pegaram carona na propagação de Aracaju como a cidade da qualidade de vida e atraíram gente de todo o Brasil para a sua clientela. Vieram senhores (as),  idosos aposentados, jovens recém-aprovados em concursos públicos das esferas estadual e federal e ainda algumas empresas do mercado imobiliário que viram aqui a chance de ampliarem seus negócios contribuindo para piorarem a qualidade de vida dos aracajuanos.

A sobrevivência das casas ficará por conta dos bairros mais pobres da periferia e nos municípios do interior. Na chamada Grande Aracaju, a casa será patrimônio dos moradores da Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. Ao menos por enquanto.


Fonte: JornaldaCidade.Net

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