A procura por imóveis em Aracaju vem crescendo nos últimos anos. Segundo reportagem do SETV (09/04/2012), em Sergipe a demanda cresceu em 30% em relação ao ano de 2011. Este crescimento é fruto da facilidade de financiamento, que atrai compradores tanto da região sergipana quanto do sul do país e do exterior. Apesar do aumento de construções nas áreas de expansão, o espaço para novas residências tem sido cada vez menor, tendo como consequência o crescimento da cidade de forma verticalizada. É o que aborda Eugênio Nascimento em seu artigo para o Jornal da Cidade.
Aracaju
será uma cidade verticalizada
Com uma área total de 174,053 e uma população já
beirando os 600 mil habitante, Aracaju tem uma densidade populacional já
superior a 971,57 hab./km²., do final do século passado.
Eugênio Nascimento
16/04/2012
Com uma área total de 174,053 e uma
população já beirando os 600 mil habitante, Aracaju tem uma densidade
populacional já superior a 971,57 hab./km²., do final do século passado.
Traduzindo: apesar de a gente ainda conseguir ver muitos terrenos nos espaços
urbanos, principalmente na chamada Zona de Expansão, há pouco espaço para
a construção de casas populares e tende a cumprir o seu destino obrigatório de
se verticalizar, se é que tem interesse em abrigar a todos que a procuram por
conta da qualidade de vida, aposentadoria e trabalho.
A cidade, que viu seu centro crescer com a construção de novos e modernos
edifícios a partir da década de 1970, agora vive agoniada com o encaminhamento
da ocupação de todo o seu espaço chamado nobre. O bairro 13 de Julho já
tem grande densidade de prédio e agora as empreiteiras investem em construções
para superlotarem áreas da zona Sul a exemplo do Garcia, Jardim Europa,
proximidades do Parque da Sementeira e da Unit e seguindo em direção à Atalaia,
onde estão em obras uma série de prédios, em sua maioria com todos os
apartamentos já vendidos.
Não há espaços para casas e as pessoas buscam a segurança dos prédios.
Diz o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Sergipe
(Ademi-SE), Júlio César Vasconcelos Silveira, que a cidade continuará crescendo
em direção ao sul e a fase final será Zona de Expansão. Ele lembra que casa
ocupa o espaço no chão igual, maior ou menor que um prédio com uma desvantagem:
mora só uma família.
Num prédio há espaços para dezenas delas, que, lembro eu, custa bem menos que
um apartamento bem localizado hoje em Aracaju, cujo preço vária de R$ 600
mil (os mais simples) a R$ 2 milhões (os mais luxuosos.
O mercado imobiliário está bastante aquecido na capital sergipana.
Antes mesmo de se fazer o lançamento dos projetos, já tem gente em listas de
espera para conquistar, ainda que muito cara, a sua moradia.
As empreiteiras pegaram carona na propagação de Aracaju como a cidade da
qualidade de vida e atraíram gente de todo o Brasil para a sua clientela.
Vieram senhores (as), idosos aposentados, jovens recém-aprovados em
concursos públicos das esferas estadual e federal e ainda algumas empresas do
mercado imobiliário que viram aqui a chance de ampliarem seus negócios
contribuindo para piorarem a qualidade de vida dos aracajuanos.
A sobrevivência das casas ficará por conta dos bairros mais pobres da periferia
e nos municípios do interior. Na chamada Grande Aracaju, a casa será patrimônio
dos moradores da Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão.
Ao menos por enquanto.
Fonte: JornaldaCidade.Net