sexta-feira, 6 de abril de 2012

Aracaju - Mercado Imobiliário em 2008


O mercado imobiliário brasileiro está se desenvolvendo cada vez mais, e Aracaju possui uma participação especial nesse desenvolvimento. Quem conhece a cidade fica maravilhado com os mais belos prédios encontrados a beira do Calçadão da 13 de Julho, famoso ponto turístico da região. A cidade começa a expandir suas habitações para a zona sul, mais conhecida como zona de expansão, região de belas praias e de futuros empreendimentos. Em 2008 o Jornal Valor Econômico divulgou uma matéria sobre a expansão do mercado imobiliário aracajuano. Claro que este mercado já sofreu alterações nesses últimos quatro anos, contudo a matéria traz pontos interessantes para conhecimento e elaboração desse TCC. Confira a reportagem:




"Aracaju vive forte expansão imobiliária
Construção Civil - 29/04/2008
Françoise Terzian


Aracaju nasceu na zona norte, mais especificamente no alto do bairro de Santo Antônio. Com o tempo, veio o crescimento e a expansão para o centro da cidade. Depois de décadas de dominação e saturação da região central, agora a forte tendência é a invasão da zona sul, a mais promissora de todas e com pontos praticamente inexplorados. O que acontece em Aracaju não é surpresa para os empresários do ramo imobiliário e nem inédito no mundo. "Há uma tendência mundial de as cidades crescerem para a zona sul por conta da possibilidade de se desenvolver um planejamento da região, ter muito terreno e proximidade com o mar", afirma Luciano Barreto, presidente da Celi, a segunda maior construtora de Sergipe.

 A zona sul de Aracaju já é conhecida por acomodar empreendimentos voltados às classes média, média alta e altíssima em bairros como 13 de Julho - os prédios de alto padrão construídos de frente para o Rio Sergipe são os mais caros da cidade - e Jardins - em uma década passou por uma rápida expansão e ganhou shopping, hipermercados, escolas e toda infra-estrutura necessária para abrigar uma avalanche de condomínios residenciais. Ou seja, por conta da infra-estrutura já implantada e das facilidades de comércios criados em seu entorno, os bairros mais procurados da atualidade são os Jardins e Garcia. Não por acaso são os que recebem os maiores investimentos imobiliários.

 Embora efervescente, o demandado bairro dos Jardins é criticado por muitos por apresentar ruas estreitas, ter pouquíssimas áreas verdes e ausência de um projeto urbanístico bem elaborado. Os novos imóveis de alto padrão agora buscam casar conforto, ruas largas e a presença de praças. Diante disso, há pontos promissores na cidade. No fundo do Parque da Sementeira, entre os Jardins e o Garcia, um dos edifícios residenciais mais modernos de Aracaju começou a ser construído. Trata-se da Mansão Luciano Barreto Jr., com apartamentos de 343 a 391 metros quadrados e valor em torno de R$ 1,5 milhão, situado em um ponto mais calmo e arborizado, apesar da proximidade do burburinho.

 O bairro de Aruana, localizado na zona de expansão da cidade e cujo metro quadrado valorizou 600% de dez anos para cá, também começa a se destacar por conta dos condomínios horizontais de alto padrão que começam a surgir. Até o momento, há cerca de uma dezena de condomínios construídos. Cada um abriga uma média de 100 casas com 450 metros quadrados de terreno cada, ao valor de US$ 300 mil. O local combina qualidade de vida e praia a apenas 15 minutos do centro. "Em Aracaju, o conceito de viver à beira-mar é pouco explorado, situação que começa a mudar com a zona de expansão de Aruana", diz Paulo Henrique Vasconcelos Machado, vice-presidente da construtora Laredo.

 
Nos últimos dez anos, Aracaju tem vivenciado um aumento na procura de residências e uma supervalorização nos terrenos e imóveis já construídos. Essa é uma das razões para a elevação do custo médio de construção na capital. Em seis anos, o metro quadrado dos imóveis à venda na capital subiu uma média de 300% e se tornou um dos mais caros do Nordeste, podendo chegar a R$ 2,5 mil.

 
 Diante do déficit habitacional de Aracaju, estimado em 120 mil residências, as classes de menor poder aquisitivo acabaram se transformando motivo de briga entre as construtoras. Algumas constroem empreendimentos do chamado "segmento econômico" a partir de R$ 50 mil, como é o caso da Celi. A Cosil, outra construtora do mercado sergipano, chegou a lançar um empreendimento com prestações a partir de R$ 330,00 mensais. Trata-se de um valor igual a uma parcela de automóvel.

 Para Jorge Santana, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, o boom imobiliário de Aracaju reflete o aquecimento da economia brasileira e local, a melhor distribuição de renda e o florescimento do comércio da região - a briga anda acirrada entre GBarbosa e Bom Preço e há rumores de que o Shopping Iguatemi desembarcará na capital.

 O boom imobiliário de Aracaju tem chamado a atenção de construtoras de fora. É o caso da Gafisa que começará a atuar em Aracaju. Até então, a empresa estava presente em praticamente todas as capitais do Nordeste. O interesse por Aracaju cresceu depois da encomenda de uma pesquisa que revelou interessantes oportunidades a serem trabalhadas na região.

 Sua entrada no mercado aracajuano, no entanto, não será fácil. A Gafisa terá de brigar com construtoras locais bem preparadas e profissionalizadas, que conhecem os hábitos e desejos dos moradores. A árdua lista de concorrentes é encabeçada pela sergipana Norcon, a maior incorporadora da região Nordeste em metragem lançada e interessada em lançar suas ações na Bovespa. Ela já protocolou um pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 Celi e Norcon detêm 60% do mercado imobiliário da região. Hoje, a Celi atua tanto em obras públicas quanto imobiliárias, tem 2,5 mil funcionários, faturamento de R$ 120 milhões e previsão de elevar este montante em 20% em 2008. Com presença em outras capitais, 70% de seus negócios vêm de Sergipe.

 Para brigar com este pessoal de peso, Antonio Ferreira, diretor de corporação Brasil da Gafisa, diz que a entrada na capital sergipana se dará via Cipesa, empresa com 30% do ramo imobiliário de Alagoas que, em outubro do ano passado, teve 70% de seu capital adquiridos pela Gafisa. O objetivo da Gafisa é lançar um empreendimento residencial ainda este ano em Aracaju. O foco será na classe média alta para cima."


Fonte: Valor Econômico – SP



                                          Bairro 13 de Julho, Aracaju/SE





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